Um crime brutal e cercado de mistério abalou o interior do Paraná no último sábado (26). Jackeline Liliane dos Santos, de 28 anos e grávida, foi encontrada morta ao lado de um paredão de pedras em uma trilha turística no município de Sapopema. O principal suspeito é Marcione Souza de Oliveira, de 44 anos, empresário do setor madeireiro e com quem Jackeline mantinha um relacionamento extraconjugal há cerca de dois anos.
Segundo informações da polícia, a vítima residia em Ponta Grossa e estava passando o fim de semana com Marcione e um casal de amigos no Salto das Orquídeas. Durante a caminhada, Marcione e Jackeline se afastaram do grupo. Pouco tempo depois, ela foi encontrada sem vida, com sinais que apontam para homicídio, descartando a hipótese inicial de acidente.
Conversas comprometedoras
As investigações revelaram uma troca de mensagens entre o suspeito e um amigo, na qual o passeio foi previamente combinado. As conversas, consideradas suspeitas pela polícia, mostram um tom de brincadeira mórbida:
“Eu tô achando que você tá com plano de jogar a Jake aí de cima kkkkkk” — escreveu o amigo.
“Fala besteira rsrsrs” — respondeu Marcione.
“Tô brincando kkkkkkk. Mas bora lá.” — completou o amigo.
A Polícia Civil considera que as mensagens, somadas ao comportamento do suspeito, reforçam a hipótese de premeditação.
Motivações e contradições
A motivação do crime, segundo investigadores, pode estar diretamente ligada à gravidez de Jackeline, descoberta recentemente. Marcione, casado e pai de três filhos, estaria em processo de reconciliação com a esposa, que vive em Santa Catarina. Testemunhas próximas à vítima relatam que ele pressionava Jackeline a interromper a gestação.
“Ela dizia que ele não queria o bebê e que andava estranho nos últimos dias”, contou uma amiga próxima.
Outra testemunha, presente no dia do passeio, afirmou:
“Eles se distanciaram do grupo por alguns minutos. Depois ouvimos um barulho e corremos. Encontramos ela caída, foi horrível.”
Prisão e silêncio
Marcione foi preso e encaminhado à Casa de Custódia de Telêmaco Borba. Durante o interrogatório, optou pelo silêncio e negou envolvimento no crime.
A investigação segue em andamento. Familiares e amigos de Jackeline pedem justiça e exigem que o caso não caia no esquecimento. A população local está consternada com a brutalidade do ocorrido.
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Reportagem: Marcello Sampaio