Por Marcello Sampaio – Coluna Política em Pauta – Tribuna da Cidade
Em Araucária, Região Metropolitana de Curitiba, o cenário político pegou fogo! O prefeito Gustavo Botogoski (PL), em seu primeiro mandato, enfrenta a maior crise de sua gestão — uma avalanche de denúncias eleitorais e administrativas que podem culminar com sua cassação ainda este ano. As acusações remontam ao pleito municipal de 2024, mas agora, no comando da prefeitura, irregularidades administrativas agravam ainda mais sua situação perante o Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR).
E não para por aí: 09 vereadores eleitos em 2024 também estão na berlinda por prestações de contas eleitorais irregulares, o que pode abrir espaço para uma verdadeira dança das cadeiras no Legislativo municipal. Suplentes já estão de olho nas possíveis vagas.
Levantamento Exclusivo: Quem escapa e quem deve cair?
O Grupo GVP Comunicação, em conjunto com o Portal Tribuna da Cidade, realizou um levantamento minucioso junto aos processos no TRE-PR e revelou que quatro vereadores conseguiram aprovar suas contas com ressalvas — escapando, por ora, da degola política:
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Gilmar Lisboa (PT)
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Fábio Pavoni (PV)
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Nilson Vaz Torres (PL)
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Pastor Eduardo Castilhos (PL)
As ressalvas apontadas se referem a erros formais, como pequenas omissões de documentos e inconsistências de prestação. Pela legislação eleitoral, apresentar as contas é obrigatório; pequenas falhas não são motivo automático de cassação, segundo o entendimento consolidado do TSE.
Quem continua com os dias contados?
Já os demais vereadores — cujos nomes ainda estão sob sigilo no processo para evitar tumulto — permanecem com graves apontamentos em suas contas eleitorais. Entre as irregularidades estão suspeitas de uso de caixa dois, gastos não comprovados, e contratação de empresas fantasmas para serviços de campanha. Se confirmadas as irregularidades, eles podem perder o mandato nos próximos meses, abrindo espaço para suplentes assumirem.
E o que acontece com a Prefeitura?
No caso do prefeito Gustavo Botogoski e da vice-prefeita Tatiana, a situação é ainda mais crítica. A Justiça Eleitoral apura se houve abuso de poder econômico, captação ilícita de recursos e irregularidades em contratos administrativos já no exercício do mandato.
Se a cassação for confirmada, o Colégio Recursal Gregório, do TRE-PR, decidirá se Araucária deverá passar por uma nova eleição suplementar ainda em 2025. Fontes internas dão conta de que o TRE-PR já vê o caso como gravíssimo, e existe uma forte pressão para que uma nova eleição seja convocada, para restaurar a normalidade democrática no município.
A crise dentro do PL
O drama se agrava porque o PL nacional, partido ao qual Gustavo Botogoski é filiado, não aceita alianças locais com partidos de esquerda — exatamente o que teria acontecido em Araucária, contrariando diretrizes partidárias. Nos bastidores, lideranças estaduais já articulam a expulsão de Botogoski e seus aliados.
O sentimento é de traição à base ideológica do partido, e a Executiva Nacional deve se manifestar nas próximas semanas sobre a situação.
Linha do Tempo da Crise em Araucária:
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2024 (Eleições Municipais): Gustavo Botogoski eleito prefeito de Araucária; denúncias de irregularidades já começam a surgir.
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Janeiro 2025: Primeiras ações de investigação são abertas no TRE-PR.
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Março 2025: Vereadores começam a ter prestações de contas julgadas, maioria com graves apontamentos.
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Abril 2025: Grupo GVP e Tribuna da Cidade confirmam que apenas Gilmar Lisboa (PT), Fábio Padovani (PV), Nilson Vaz Torres (PL) e Pastor Eduardo Castilhos (PL) tiveram contas aprovadas com ressalvas.
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Abril 2025: Indícios de abuso de poder na administração atual reforçam o pedido de cassação do prefeito e da vice.
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Maio 2025 (Previsão): TRE-PR deve decidir se cassa os mandatos e convoca novas eleições.
Editorial:
Em Araucária, só mudam os personagens — mas a sacanagem com o povo continua! A velha prática política de atropelar a lei e brincar com a democracia parece ter encontrado novos atores, mas o enredo é o mesmo: promessas traídas, corrupção no poder e a população novamente usada como moeda de troca eleitoral.
O povo de Araucária merece respeito e eleições limpas. É hora de virar a página de vez!
Créditos: Jornalista Marcello Sampaio – Coluna Política em Pauta – Jornal e Portal Tribuna da Cidade
