Vereadora cassada tenta transformar derrota política em espetáculo de acusações sem provas, citando Ricardo Barros e outros líderes em falas carregadas de ressentimento.
Maringá acompanhou, nesta semana, a entrevista coletiva da ex-vereadora Cris Lauer, cassada pela Câmara Municipal, que voltou suas críticas contra adversários políticos em um tom classificado por muitos como desesperado.

Em meio à perda de mandato, Lauer lançou acusações contra o deputado federal Ricardo Barros, afirmando que ele teria articulado sua saída. No entanto, em nenhum momento apresentou documentos, provas ou registros formais que sustentassem suas falas, vistas como uma tentativa de atacar lideranças com trajetória consolidada no cenário político estadual e nacional.
ATAQUES INFUNDADOS
Segundo Cris, teria ouvido de Barros que sua atuação incomodava os aliados do deputado. No entanto, a fala foi apenas uma alegação pessoal, sem qualquer comprovação objetiva. “Colocar em viva-voz uma conversa e dizer que isso é prova não passa de teatro político”, avaliou um dos presentes à coletiva.

“DESPEITO E RESSENTIMENTO”
Aliados da base classificaram as falas da ex-vereadora como um ato de desespero. “Após perder o mandato, em vez de refletir sobre seus próprios erros, prefere atacar quem tem história de serviço público comprovado”, declarou um parlamentar ouvido pela reportagem.
POLÍTICA SE FAZ COM TRABALHO, NÃO COM ATAQUES
A tentativa de transformar sua cassação em bandeira política foi criticada como mais um gesto de autopromoção. Enquanto isso, líderes mencionados por Lauer continuam fortalecendo sua base de apoio e consolidando projetos de desenvolvimento para Maringá e para o Paraná.

CRIS LAUER VENTILA POSSIBILIDADES E ATAQUES AO DEPUTADO FEDERAL RICARDO BARROS
Em entrevista coletiva, a vereadora cassada de Maringá denunciou perseguição política, articulações de bastidores e citou diretamente Ricardo Barros como articulador de sua saída.
Segundo Cris, a decisão dos 20 vereadores que votaram contra ela não surpreendeu. “A luta hoje é pelo poder, pelo dinheiro, pela posição. Eles condenam uma pessoa, acabam com a reputação de alguém que não deve”, afirmou, emocionada.

O PAPEL DE RICARDO BARROS
Cris relatou que teria ouvido do deputado Ricardo Barros que sua atuação incomodava aliados. Também afirmou que vereadores locais teriam discutido o relatório de seu processo com o parlamentar em Brasília. Contudo, não apresentou provas concretas que sustentassem tais alegações.
“A SENTENÇA JÁ ESTAVA DECRETADA”
Para a ex-vereadora, a cassação foi política e não jurídica: “Nem o promotor nem o juiz pediram a minha cassação. Isso foi uma decisão política”, afirmou.

APOIO POPULAR E FUTURO POLÍTICO
Cris garantiu que sai de “cabeça erguida” e com respaldo popular. Questionada sobre o futuro, afirmou que pode recorrer judicialmente e não descartou novas candidaturas.
CRÍTICAS DURO CONTRA OS BASTIDORES
A ex-vereadora voltou sua artilharia contra a Câmara e a Prefeitura: “Os conchavos são nojentos. A base troca cargos por poder. Ontem ficou provado que a cassação foi um tapetão para me tirar do cenário político”.
Por Marcello Sampaio – Jornalista Especialista em Política
EDITORIAL
A Cassação de Cris Lauer: Entre o Desespero e a Contradição
A coletiva da ex-vereadora Cris Lauer expôs, mais uma vez, um comportamento recorrente em sua trajetória política: o discurso inflamado, carregado de ressentimento, e a tentativa de se colocar como vítima de um sistema do qual, ironicamente, sempre buscou fazer parte.
Lauer se apresenta hoje como símbolo de independência, como se fosse a voz isolada contra os “conchavos”. Contudo, é necessário resgatar a memória recente: em 2024, antes mesmo das eleições, a própria Cris procurou diversas siglas partidárias em busca de legenda. Em reuniões reservadas, segundo relatos de dirigentes locais, sua postura foi de barganha explícita – conversava com cada partido analisando “quem dava mais” em termos de estrutura e condições financeiras para viabilizar sua candidatura.
Ou seja, a mesma parlamentar que agora diz lutar contra a “velha política” foi a que, há pouco tempo, fazia leilão partidário para escolher qual legenda lhe seria mais conveniente. Essa contradição não pode ser ignorada.
Sua cassação é resultado de um processo político-jurídico que teve amplo debate no plenário da Câmara e maioria expressiva de votos. Ao invés de aceitar com maturidade a decisão democrática do Legislativo, Lauer optou pelo caminho do ataque pessoal, citando nomes de lideranças sem apresentar provas.
Cris Lauer quer pagar de “santinha”, mas sua própria história recente a desmente. A política se faz com trabalho, consistência e construção coletiva — não com discursos de ocasião e nem com espetáculos de autopromoção.