A Polícia Civil do Paraná (PCPR) prendeu, na madrugada desta quarta-feira (23), o segundo suspeito de envolvimento na morte do jornalista Cristiano Freitas, de 46 anos, assassinado de forma brutal no mês de março, em Curitiba. O homem detido teria atuado como cúmplice, ajudando o principal acusado, Jhonatan Barros Cardoso, a fugir do local do crime após a execução.
A prisão foi realizada por agentes da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) durante uma operação no bairro Parolin, em Curitiba. O nome do segundo suspeito não foi divulgado pela polícia até o momento, mas sabe-se que ele atuava como motorista de aplicativo e teria dado suporte logístico para a fuga de Jhonatan, apontado como executor.
Linha do tempo do crime
Março de 2025 – Morte de Cristiano Freitas
Cristiano foi encontrado amarrado, amordaçado e com sinais de espancamento no bairro Jardim das Américas, uma área geralmente tranquila da capital paranaense. O corpo estava com marcas de violência, incluindo nariz quebrado e indícios de agressões prolongadas. Ele estava dentro de sua própria casa.
Por volta das 2h da manhã
Testemunhas relataram que uma pessoa a bordo de um HB20 foi recebida pela vítima. Cerca de duas horas depois, vizinhos notaram o portão da residência aberto e decidiram verificar o que havia acontecido. Também disseram ter ouvido gritos antes de o carro deixar o local.
Descoberta do corpo
O corpo foi localizado por um vizinho, que acionou a polícia imediatamente. A Polícia Científica esteve no local para realizar a perícia. Desde o início, o caso foi tratado como homicídio qualificado.
Abril de 2025 – Primeiro suspeito é identificado
As investigações apontaram Jhonatan Barros Cardoso como o principal suspeito do homicídio. Ele teria premeditado o crime e cometido o assassinato pessoalmente.
23 de abril de 2025 – Segundo suspeito preso
Durante operação no bairro Parolin, a PCPR prende o segundo envolvido, que teria sido o motorista de fuga de Jhonatan. Ele estaria no HB20 citado por testemunhas e facilitou a saída do autor do crime do local.
Quem era Cristiano Freitas
Cristiano Freitas tinha 46 anos e era jornalista respeitado no meio da comunicação local. Ao longo da carreira, atuou em veículos de imprensa como assessor, redator e também colaborador em reportagens investigativas. Era conhecido por seu profissionalismo e pela discrição na vida pessoal.
Cristiano mantinha uma rotina tranquila e residia sozinho no Jardim das Américas. Colegas de trabalho o descreveram como dedicado, gentil e apaixonado pela profissão.
Depoimentos e investigações em andamento
Segundo a delegada Camila Cecconello, responsável pelo caso na DHPP:
“A motivação ainda está sob análise, mas já temos uma linha investigativa consistente. As prisões nos ajudam a consolidar o quadro geral do crime.”
O pai da vítima, em declaração reservada, afirmou:
“Queremos justiça. Meu filho era trabalhador, não merecia isso. A dor é imensa.”
A polícia trabalha agora com a possibilidade de que o crime tenha motivação pessoal, e segue colhendo depoimentos e provas para esclarecer o que teria motivado tamanha brutalidade.
O caso segue sob investigação da Divisão de Homicídios da PCPR.
Reportagem de Marcello Sampaio – Coluna Polícia em Ação
Jornal e Portal Tribuna da Cidade
Especialista em política e segurança pública