Por Marcello Sampaio – Direto da Redação | Jornal e Portal Tribuna da Cidade
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) recebeu alta médica na manhã deste domingo (4/5), após passar 21 dias internado no Hospital DF Star, em Brasília. Ele deu entrada na unidade no último dia 13 de abril, onde foi submetido a uma delicada cirurgia de emergência no intestino, com duração de aproximadamente 12 horas.
Bolsonaro deixou o hospital por volta das 11h sem conversar com a imprensa. A saída foi acompanhada por dezenas de apoiadores, que se concentraram em frente ao hospital empunhando bandeiras do Brasil e cartazes com mensagens de fé e apoio. Eles entoaram trechos da canção gospel “Tá Chorando Por Quê?”, em clima de comoção e exaltação ao ex-presidente.
Antes mesmo da liberação médica, Bolsonaro havia sinalizado nas redes sociais a expectativa de alta. “Depois de 3 semanas, alta prevista para hoje, domingo, às 10h. Obrigado meu Deus por mais esse milagre. Obrigado Dr. Cláudio Birolini e equipe. Volto para casa renovado”, publicou.
A internação ocorreu após um mal-estar sentido durante viagem ao Rio Grande do Norte. Diante da gravidade do quadro, o ex-presidente foi transferido para Brasília, onde foi prontamente operado. A cirurgia mobilizou uma equipe médica especializada e foi considerada bem-sucedida.
Mesmo hospitalizado, Bolsonaro não se afastou do cenário político. Nas últimas semanas, intensificou articulações com aliados, incluindo a convocação para a “Marcha Pacífica da Anistia Humanitária”, marcada para a próxima quarta-feira (7/5). O ato deve iniciar com concentração às 16h na Torre de TV, em Brasília, e seguirá até o Congresso Nacional. A pauta é clara: pressionar o parlamento por anistia aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro de 2023.
A ação se soma ao crescente movimento bolsonarista que busca reverter punições aplicadas aos manifestantes acusados de envolvimento nos ataques antidemocráticos à sede dos Três Poderes.
No Supremo Tribunal Federal, Bolsonaro também movimenta sua linha de defesa. Em ação que apura uma possível trama golpista, o ex-presidente contará com o apoio de ao menos 15 aliados como testemunhas, incluindo o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos). Além disso, o ministro Alexandre de Moraes determinou que a Polícia Federal conceda a Bolsonaro acesso integral às provas do processo.
Mesmo sem conceder entrevistas na saída do hospital, o ex-presidente reafirmou que toda a comunicação será feita via equipe médica e por meio de seus canais oficiais.
O Brasil segue atento: Jair Bolsonaro está de volta ao jogo — e promete barulho nas ruas e nos tribunais.
Marcello Sampaio
Direto da Redação
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