O deputado federal Ricardo Salles (Novo-SP) confirmou nesta quinta-feira (6/2) sua decisão de disputar uma cadeira no Senado nas eleições de 2026. O anúncio foi feito por meio de um vídeo postado em suas redes sociais, no qual Salles compartilhou suas motivações para a candidatura e os objetivos para representar o estado de São Paulo na Casa Alta do Congresso.
Durante o vídeo, gravado no Plenário do Senado, Salles expressou seu desejo de atuar por São Paulo, estado que considera ser fundamental na política nacional. “Aqui, no Senado, são discutidos os grandes temas do Brasil. Em 2026, quero disputar uma vaga e continuar trabalhando para o meu estado, onde nasci, vivi e tive a honra de exercer funções como secretário e deputado”, disse Salles.
Ele aproveitou para destacar a relevância do Senado na defesa dos estados e na relação com o Judiciário, lembrando a importância da Casa no processo de impeachment de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). “O papel do senador vai além das questões ideológicas que se discutem na Câmara dos Deputados. É aqui que devemos proteger os interesses dos nossos estados”, explicou.
Salles também fez uma crítica à desigualdade entre a arrecadação de São Paulo e os recursos que o estado recebe do governo federal. “São Paulo é o maior pagador de impostos, mas recebe muito menos do que deveria da União. Por isso, é essencial garantir uma boa representação no Senado para o nosso estado”, afirmou.
Não é a primeira vez que um deputado do Novo anuncia sua candidatura ao Senado. Além de Salles, o colega de partido Marcel van Hattem (Novo-RS) também busca uma vaga no Senado em 2026, representando o Rio Grande do Sul. Atualmente, o Novo tem apenas um senador, Eduardo Girão (Novo-CE).
Ricardo Salles, que foi ministro do Meio Ambiente no governo Bolsonaro entre 2019 e 2021, enfrentou polêmicas em sua gestão, incluindo uma operação da Polícia Federal que o envolveu em investigações sobre o ministério. Em 2023, já como deputado, ele se tornou réu em um processo sobre exportação ilegal de madeira, sendo acusado junto a outras 21 pessoas de crimes como corrupção passiva e organização criminosa.