Por Beatriz Guimarães – Direto da Redação
Em um cenário político cada vez mais dinâmico e exigente, o nome de Alvaro Dias parece não encontrar mais o mesmo eco que teve no passado. O ex-senador, que já foi protagonista em diversas eleições nacionais e estaduais, hoje é visto por muitos como um símbolo de um tempo que passou. Pelas manifestações nas redes sociais, sua imagem pública enfrenta forte desgaste, e sua eventual candidatura à sucessão de Carlos Massa Ratinho Junior (PSD) ou a uma das duas vagas ao Senado Federal em 2026 é tratada com ceticismo até mesmo por antigos aliados.
Atualmente, Alvaro Dias aparece mais preocupado em relembrar momentos das campanhas passadas — como a corrida presidencial de 2018, quando obteve desempenho modesto mesmo em seu reduto eleitoral, o Paraná — do que em se reposicionar politicamente. Com discursos anacrônicos e foco excessivo em memórias, o ex-senador parece desconectado do novo espírito das ruas, que clama por renovação e propostas concretas.
Pré-candidatos ao Palácio Iguaçu já se movimentam
Enquanto Alvaro patina, diversos nomes se articulam nos bastidores para entrar na disputa pelo governo do Paraná em 2026. Entre os mais cotados estão:
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Guto Silva (PSD) – Atual secretário estadual das Cidades, tem boa interlocução com o setor empresarial e é visto como sucessor natural de Ratinho Junior.
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Alexandre Curi (PSD) – Deputado estadual com longa carreira legislativa e forte base no interior.
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Zeca Dirceu (PT) – Deputado federal, busca consolidar a força da esquerda no estado.
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Enio Verri (PT) – Atual diretor da Itaipu Binacional, também cotado como nome forte na sigla.
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Desiree Salgado (PDT) – Professora e jurista respeitada, pode representar o campo democrático-progressista.
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Fernando Francischini (PL) – Nome lembrado por setores mais conservadores, ainda avalia entrada na disputa.
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Ricardo Barros (PP) – Veterano da política, aparece como possível candidato de centro.
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Marcelo Rangel (PSD) – Ex-prefeito de Ponta Grossa e articulador regional.
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Márcio Nunes (PSD) – Atual secretário estadual, também aparece nas bolsas de apostas.
A carta na manga do PMB
Mas é no Partido da Mulher Brasileira (PMB) que se concentra o maior mistério. Segundo o secretário-geral da legenda no Paraná, Marcello Sampaio, o partido tem uma carta na manga fortíssima, guardada “a sete chaves” — ou melhor, 35 chaves, como ele enfatiza. O nome, segundo Sampaio, teria preferência popular e empresarial, e poderia não apenas surpreender os veteranos da política, mas também levar a disputa para o segundo turno, o que seria um feito histórico diante da força das máquinas partidárias tradicionais.
— “Na hora que esse nome for revelado, vai virar o jogo. O povo do Paraná quer renovação de verdade. Está cansado das promessas recicladas. Temos alguém que dialoga com todas as frentes e tem apoio onde realmente importa: no coração da população e nos bastidores da produção,” afirmou Sampaio com exclusividade.
A revelação foi confirmada pelo presidente estadual do PMB, Danilo D’Avila, que declarou que o partido está estrategicamente posicionado para a próxima eleição.
— “O PMB está pronto. Não estamos apenas lançando nomes por lançar. Estamos trabalhando com planejamento, pesquisa e diálogo com os setores produtivos. Quando for a hora certa, vamos apresentar ao Paraná uma verdadeira alternativa,” disse D’Avila.
Paraná quer mudança
Com a proximidade de um novo ciclo eleitoral, o sentimento nas ruas parece claro: o eleitor paranaense está sedento por mudança. A frustração com promessas não cumpridas e a desilusão com antigos nomes impulsionam candidaturas independentes e fora do eixo tradicional.
Enquanto muitos nomes já se colocam no tabuleiro, o trunfo silencioso do PMB pode alterar completamente a lógica da disputa e colocar o partido entre os protagonistas do pleito de 2026.
Até lá, o jogo segue em aberto — e, como diz o velho ditado político, “em política, o impossível só demora um pouco mais para acontecer”.
Com reportagem de Beatriz Guimarães
Direto da Redação