Por Marcello Sampaio – Direto da Redação | Jornal Tribuna da Cidade
atualizado em 15/5/2025 às 07h21)
A Amazon tem simplificado a vida de milhões de consumidores com suas opções de entrega flexíveis e descontos para quem opta por esperar. Mas, no último fim de semana, em Lexington, Kentucky (EUA), a experiência de uma mãe com o e-commerce virou uma comédia de erros digitais – com direito a mais de 70 mil pirulitos entregues na porta de casa.
Tudo começou com um descuido. Holly LaFavers deixou o celular destravado, e seu filho de oito anos, Liam, aproveitou o acesso para organizar uma suposta “festa de carnaval” para os amigos. O problema? A brincadeira virou realidade: em questão de minutos, o garoto havia finalizado uma compra de milhares de unidades de pirulitos da marca Dum-Dums, que chegaram em 22 caixas volumosas dias depois.
Avalanche de açúcar e desespero
O valor da compra? Nada menos que US$ 4.200, o equivalente a cerca de R$ 23,8 mil. A quantia drenou quase toda a conta bancária da mãe, que entrou em pânico ao se deparar com a pilha de doces à porta. Holly tentou de todas as formas cancelar ou devolver o pedido, mas descobriu um detalhe que complica esse tipo de caso: produtos alimentícios, mesmo embalados, muitas vezes não são aceitos de volta pela política da empresa.
Diante da negativa da Amazon, ela recorreu a uma estratégia de sobrevivência: começou a anunciar as caixas em grupos de venda no Facebook. O apelo inusitado logo viralizou, atraindo a atenção da mídia local e nacional.
Internet a favor: o final (quase) feliz
O que poderia ter sido um desastre financeiro virou uma lição pública sobre os perigos do consumo digital sem supervisão. A comoção provocada pelo caso acabou gerando empatia do público – e também da própria Amazon, que, pressionada pela repercussão, interveio e ofereceu suporte à família. Embora não tenha detalhado como o impasse foi resolvido, a gigante do varejo teria, segundo fontes próximas à família, perdoado parte da compra e se comprometido a rever o caso.
O episódio acendeu o alerta em lares mundo afora. Especialistas em segurança digital e educação parental voltaram a reforçar a importância de medidas simples, como senhas para compras, autenticação biométrica e controle de tempo de tela em dispositivos móveis.
Reflexo de um ecossistema sem freios
A facilidade com que Liam fez a compra não é apenas uma anedota moderna: ela expõe um sintoma do ecossistema digital. Em um ambiente que valoriza o imediatismo, a falta de barreiras e filtros pode comprometer seriamente a estabilidade financeira de famílias – especialmente em tempos de consumo cada vez mais gamificado.
Enquanto os pirulitos ainda são distribuídos entre vizinhos e amigos, Holly segue tentando transformar o susto em ensinamento. E para muitos pais, fica a pergunta: será que o celular está mesmo sob controle?