Morre Luiz Carlos Chacon, o “Roberto Carlos de Curitiba”, aos 84 anos


Por Marcello Sampaio | Direto da Redação

Curitiba se despediu nesta terça-feira (15) de um de seus personagens mais icônicos e queridos: Luiz Carlos Chacon de Oliveira, conhecido como Chacon, o eterno “Roberto Carlos de Curitiba”. Aos 84 anos, ele faleceu em seu apartamento no tradicional Edifício Tijucas, no centro da capital paranaense, onde morava há mais de 50 anos. A causa da morte não foi divulgada pela família.

Nascido em Mallet, no ano de 1941, Chacon iniciou sua trajetória no rádio em Rio Negro, e ao longo da vida transitou entre o jornalismo, o teatro, o circo e a comunicação popular. Sua vida mudou para sempre em 1973, quando, durante uma apresentação em Telêmaco Borba, foi pela primeira vez comparado com o cantor Roberto Carlos. A partir dali, adotou o visual, o estilo e os gestos do ídolo — tornando-se o mais conhecido sósia do Rei no Paraná.

Velório e despedida

O velório de Chacon acontece nesta quarta-feira (16), a partir das 10h, na Capela Municipal 3 do Cemitério São Francisco de Paula, no bairro São Francisco, em Curitiba. Familiares, amigos e admiradores poderão prestar suas últimas homenagens a essa figura carismática que marcou gerações na cidade.

Ícone das ruas e dos palcos

Com seu jeito afável, voz suave e presença constante na região da Boca Maldita, Chacon virou um símbolo urbano. Era comum vê-lo tomando café com amigos no centro, contando histórias e posando para fotos com turistas e curiosos.

“Ele era o rei da nossa Curitiba. Sempre gentil, sempre sorrindo. A presença dele alegrava os nossos dias”, disse Adelina Moreira, comerciante da região central.

“Era impossível passar pela Boca Maldita e não vê-lo. Ele fazia parte do cenário, como um monumento vivo da nossa cidade”, lembrou emocionado Valter Rocha, ex-colega de rádio.

Reconhecimento do verdadeiro Rei

Chacon não perdia um show de Roberto Carlos em Curitiba — e era recebido com carinho nos bastidores. O Rei o reconhecia, conversava com ele e demonstrava admiração pela semelhança e dedicação.

“O Roberto o tratava como um irmão. Era bonito de ver a consideração. Ele imitava com alma, com respeito, com amor”, comentou Giselle Alves, fã dos dois artistas.

Um personagem da cidade

Chacon era mais que um sósia. Era um artista completo, um contador de histórias, uma figura de resistência cultural no centro da cidade. Deixa a esposa Valquíria, a filha Débora, e um legado afetivo que permanece vivo na memória dos curitibanos.

A Prefeitura de Curitiba já estuda homenagens póstumas, incluindo o possível nome de um espaço cultural ou praça da cidade.

Marcello Sampaio
Jornalista – Coluna Memória Curitibana

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