Por Marcello Sampaio – Coluna Plantão Policial | Jornal Tribuna da Cidade
Uma motorista causou um grande transtorno na madrugada desta sexta-feira, 11 de abril de 2025, no bairro Vista Alegre, em Curitiba, ao invadir a calçada e causar danos significativos a uma peixaria e a dois carros estacionados na garagem de uma residência. Apesar dos sinais claros de embriaguez, a motorista não foi presa no local e ainda tentou fugir após o acidente.
De acordo com testemunhas, o acidente aconteceu por volta das 3h da manhã, quando a motorista perdeu o controle do veículo e subiu na calçada. O carro destruiu o telhado de uma peixaria que fica ao lado da residência de Sérgio Menezes e William Petroski, causando grande estrago. Além disso, o veículo acertou em cheio a traseira de um dos carros de William, destruindo o vidro traseiro e danificando completamente a parte do porta-malas.
O barulho da batida acordou os primos, que correram para a rua e viram a motorista tentando fugir do local. Sérgio, que estava em casa no momento do acidente, contou que correu atrás da motorista por quatro quadras.
“Estava dormindo e, de repente, escutei o barulho da batida e o telhado caindo. Quando olhei pela janela, vi que a mulher estava saindo do carro. Ela disse que era motorista de Uber e acabou fugindo. Corri atrás dela umas quatro quadras, mas não consegui alcançá-la”, relatou Sérgio.
O prejuízo não foi apenas material. William, dono de um dos carros atingidos, destacou que o dano ao seu veículo afetaria diretamente sua rotina de trabalho, já que depende do carro para realizar seus serviços.
“Ela destruiu o vidro traseiro e toda a parte do porta-malas. Falou que ia pagar, mas não sei se vai cumprir. Mentiu para a polícia dizendo que não tinha fugido. Agora, estamos aqui sem dormir, tentando resolver tudo”, lamentou William, visivelmente abalado com o ocorrido.
Com o prejuízo, William também expressou sua preocupação com o impacto que a perda do carro teria em seus compromissos profissionais e pessoais, já que tem um filho pequeno.
“Eu uso o carro para trabalhar. Tinha que trabalhar logo, mas agora vou ter que avisar que não poderei ir. Não dá para ficar sem carro, especialmente com um filho pequeno. Mesmo que ela seja honesta, o processo vai demorar”, desabafou William.
A Polícia Militar foi acionada, e uma equipe do Batalhão de Trânsito (BPTran) chegou ao local. Durante a abordagem, os policiais notaram que a motorista apresentava sinais claros de embriaguez, como odor etílico forte. Porém, como o teste de bafômetro não foi realizado devido à recusa da motorista, ela foi liberada no local.
“Ela estava com um comportamento estranho, muito agitada, e o odor de álcool era evidente. Chamamos a polícia, mas ela não foi presa. Infelizmente, não pudemos comprovar o consumo de álcool, pois ela se recusou a fazer o teste do bafômetro”, contou um morador da região, que preferiu não se identificar.
Apesar dos danos e dos sinais de embriaguez, a motorista foi liberada no local, o que gerou revolta nos moradores e nas vítimas. A polícia explicou que, devido à recusa da motorista em realizar o teste de alcoolemia e ao fato de não haver flagrante de embriaguez, ela não foi detida, mas o caso segue em investigação.
O acidente deixou um alerta sobre a falta de fiscalização e as consequências de comportamentos irresponsáveis no trânsito. Moradores da rua se disseram frustrados com a situação e exigem mais rigor nas investigações e no tratamento de motoristas que, como esta, causam danos e ainda tentam fugir da responsabilidade.