Por Marcello Sampaio
em 06/03/2025
O homem suspeito de ter assassinado o jornalista Cristiano Luiz Freitas na última terça-feira (4) é investigado por extorquir e roubar pelo menos seis pessoas, de acordo com a Polícia Civil. Jhonatan Barros Cardoso, de 27 anos, foi detido em um flat localizado na região central de Curitiba na manhã desta quinta (6).
Segundo a Polícia Civil, o suspeito marcava encontros por aplicativo e, após ameaçar as vítimas com uma arma de fogo, as forçava a realizar transferências via Pix. A corporação informou que ele deverá ser ouvido na tarde desta quinta.
O homem havia fugido em um veículo Hyundai HB20 e era procurado desde a data do crime. Cristiano recebeu o suspeito em casa pouco antes de ser encontrado morto na sala da própria casa. “Não há sinais de arrombamento [na casa], já que, pelo que foi apurado, houve um encontro com essa pessoa, esse amigo da vítima. Possivelmente, toda a situação aconteceu dentro da residência. Mas ainda não se pode apurar qual teria sido o motivo de uma possível discussão entre autor e vítima”, afirmou a delegada Magda Hofstaetter. O jornalista Cristiano Luiz Freitas, encontrado morto em casa nesta terça-feira (4), em Curitiba –
Já o delegado Ivo Viana afirmou que o jornalista pode ter conhecido o suspeito do crime nos últimos dias. “A gente acredita que eles não se conheciam de muito tempo. Talvez tenham se conhecido nos últimos dias. Mas o fato é que eles se conheciam, até porque ele [suspeito] teve a entrada facilitada por uma ação da vítima”, disse. O delegado afirmou que a Polícia Civil investiga o histórico da vítima e seu estilo de vida para entender a motivação do crime. Além disso, ele destacou que uma das prioridades da investigação é esclarecer a relação entre o jornalista e o suspeito. Os vizinhos do jornalista relataram à polícia e à Banda B que ele morava sozinho na casa desde a morte da mãe, há cerca de sete meses. Além disso, disseram ter ouvido gritos vindos da casa e acionaram a Polícia Militar (PM). Vizinhos estranharam portão da casa do jornalista aberto e o encontraram morto na sala
Uma ambulância do Corpo de Bombeiros foi acionada, mas a vítima já estava morta quando a equipe chegou ao local. Além de estar com os braços amarrados para trás e uma fita adesiva na boca, Cristiano apresentava sinais de estrangulamento. “A princípio, não foi encontrado nenhum outro tipo de ferimento além dos sinais de esgana dura, mas é a perícia que vai poder apurar se há outros ferimentos”, acrescentou a delegada Magda.