Por Marcello Sampaio
Curitiba prepara nova concessão do transporte coletivo com foco em modernização e sustentabilidade
Curitiba está prestes a dar um passo importante para o futuro da mobilidade urbana. O edital da nova concessão do transporte coletivo da capital paranaense deve ser lançado em setembro de 2025, marcando o início de um novo ciclo que promete modernizar, tornar mais eficiente e sustentável o sistema que atende diariamente milhares de curitibanos.
Na última sexta-feira (11 de abril de 2025), representantes da Prefeitura, do Tribunal de Contas do Estado do Paraná (TCE-PR) e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) reuniram-se para definir o cronograma e os próximos passos do projeto. A expectativa é que o leilão ocorra em dezembro de 2025, com um período de transição de 16 meses para que os novos operadores estejam totalmente preparados.
Linha do Tempo: Nova concessão do transporte em Curitiba
Data | Evento |
---|---|
11 de abril de 2025 | Reunião entre Prefeitura, TCE-PR e BNDES define cronograma |
Setembro de 2025 | Lançamento oficial do edital da nova concessão |
Dezembro de 2025 | Realização do leilão para escolha dos novos operadores |
2026 — 2027 | Período de transição e implantação gradual dos novos serviços |
Até 2030 | Ampliação da frota elétrica e modernização de infraestrutura |
Declarações
Ogeny Pedro Maia Neto, presidente da URBS:
“Estamos comprometidos em tornar esse processo o mais transparente possível, com foco na elaboração de um projeto de concessão que garanta à população um transporte público mais eficiente, integrado, tecnológico e sustentável.”
Ana Jayme Zornig, presidente do IPPUC:
“A ideia foi trazer um panorama geral e estabelecer uma linha de parceria transparente com o TCE-PR.”
Marcus Vinicius Machado, coordenador do TCE-PR:
“O Tribunal busca diálogo aberto para trabalhar de forma concomitante e dar fluidez aos processos de interesse público.”
O que dizem os trabalhadores e a população
Carlos Alberto dos Santos, motorista de ônibus há 22 anos:
“Espero que essa nova concessão garanta melhores condições pra gente trabalhar. Renovação de frota é bom, mas o trabalhador precisa ser valorizado também.”
Maria Lúcia Alves, passageira do Boa Vista há mais de 30 anos:
“Tomara que essa nova concessão resolva os atrasos e ônibus lotados. A cidade merece um transporte mais rápido e confortável.”
Valdemar Souza, presidente do Sindicato dos Motoristas e Cobradores (Sindimoc):
“É fundamental que a nova concessão mantenha os empregos e valorize quem faz o transporte funcionar todos os dias. Vamos acompanhar de perto e cobrar garantias trabalhistas.”
Interesse das empresas
Empresas do setor já manifestam interesse. Um representante da Viação Campos Gerais, que preferiu não se identificar, comentou:
“Curitiba é um mercado estratégico. A proposta de modernização e ampliação da frota elétrica é um diferencial importante e sinaliza compromisso com a mobilidade sustentável.”
O que vem por aí
O novo contrato deverá:
-
Ampliar a integração entre linhas
-
Redimensionar rotas
-
Implementar indicadores de qualidade e eficiência
-
Modernizar controle de terminais e estações-tubo
-
Implantar sistemas de embarque e desembarque mais ágeis
-
Ampliar o uso de ônibus elétricos e infraestrutura de recarga
Durante o período de transição, o contrato atual — que completa 15 anos em setembro de 2025 e pode ser prorrogado por até 10 anos — seguirá válido, garantindo a continuidade do serviço.
Conclusão
A nova concessão do transporte coletivo de Curitiba surge como uma oportunidade de modernizar o serviço e torná-lo referência nacional mais uma vez. Com diálogo aberto entre Prefeitura, órgãos de controle, empresas e sociedade, o projeto promete transformar a mobilidade urbana curitibana nos próximos anos.
Por Marcello Sampaio | Coluna Mobilidade em Pauta