Por Marcello Sampaio | Editorial Política em Pauta | Jornal e Portal Tribuna da Cidade
Brasília, 15 de maio de 2025 – O senador Sergio Moro (União Brasil) promete colocar o recém-empossado ministro da Previdência Social, Wolney Queiroz, contra a parede nesta quinta-feira (15), durante audiência na Comissão de Fiscalização e Controle do Senado Federal (CTFC). A sessão, marcada para as 10h, foi convocada a pedido do próprio Moro e deve se transformar em um verdadeiro campo minado político, tendo como pano de fundo o escândalo bilionário das fraudes nos benefícios do INSS.
A denúncia veio à tona por meio da Operação Sem Desconto, da Polícia Federal, que revelou um esquema operado por entidades sindicais e associações de aposentados, responsáveis por aplicar descontos mensais indevidos nos benefícios previdenciários de milhões de segurados, sem qualquer autorização formal. O esquema teria funcionado de 2019 até 2024 e já causou um rombo estimado em mais de R$ 6 bilhões aos cofres públicos.
Apesar de estar há menos de duas semanas à frente da pasta, Wolney Queiroz não escapará da pressão. Moro sustenta que o novo ministro tem responsabilidade direta no escândalo, já que ocupava o cargo de secretário-executivo da Previdência Social no período em que o esquema operava a todo vapor.
“Há uma grande expectativa para ouvir amanhã o novo ministro da Previdência, Wolney Queiroz, porque ele era secretário-executivo da pasta, homem de confiança então do sistema durante essas fraudes nesses descontos de aposentadoria e pensionistas”, disparou Moro.
O senador ainda acusa Queiroz de ser autor de uma emenda parlamentar que teria facilitado as fraudes, ao postergar o processo de revalidação dos descontos, o que abriu brechas para abusos.
Além disso, informações obtidas por Moro indicam que tanto Queiroz quanto o ex-ministro Carlos Lupi já tinham conhecimento das irregularidades desde 2023, mas nada fizeram para interromper a prática.
“Vamos ouvir as explicações dele, claro, com a mente aberta, mas há muita coisa a ser dita”, concluiu Moro.
A expectativa é de que a sessão seja marcada por embates duros e cobranças incisivas. A opinião pública e milhares de aposentados lesados aguardam respostas — e a pressão sobre o governo federal aumenta a cada dia com a revelação de novos detalhes do esquema.
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