Obras de duplicação nas rodovias da RMC e Campos Gerais começam em maio com foco em segurança e fluidez no trânsito

Por Marcello Sampaio | Direto da Redação – Abril de 2025

A Região Metropolitana de Curitiba (RMC) e os Campos Gerais começam a vivenciar um novo capítulo em sua infraestrutura rodoviária. Com previsão para o início das primeiras obras ainda em maio de 2025, a Via Araucária, concessionária responsável pelo lote 1 do novo pacote de concessões rodoviárias do Paraná, irá executar uma série de intervenções em rodovias estaduais e federais que ligam a capital paranaense a municípios estratégicos da região.

As obras envolvem duplicações, construção de viadutos, faixas marginais e dispositivos de retorno, e integram o modelo de concessões idealizado pelo Governo do Estado do Paraná, em parceria com a União e com ampla participação da sociedade civil.

Primeiras frentes de trabalho

De acordo com o diretor de Engenharia da Via Araucária, Pedro Veloso, as primeiras intervenções se concentrarão em três rodovias: BR-277, PR-423 e PR-418, onde já está tudo pronto para o início da duplicação de cerca de 80 quilômetros de pistas até o começo de 2027.

“Durante o primeiro ano de concessão, trabalhamos fortemente na recuperação de trechos críticos e no planejamento das obras que, a partir de maio, começam a sair do papel. A meta é entregar cerca de 70 quilômetros duplicados ainda nos próximos dois anos”, explicou Veloso.

Intervenções por região

Na BR-277, os principais trechos de duplicação estão localizados entre Porto Amazonas e Palmeira, e na área urbana de Irati, totalizando 27,5 quilômetros. Estão previstos quatro viadutos, dois em cada município. Em Irati, também será construído um moderno Ponto de Parada e Descanso (PPD) para caminhoneiros, próximo ao Posto Benedita, com infraestrutura de apoio.

Na PR-423, importante ligação entre Araucária e Campo Largo, serão quase 26 quilômetros duplicados. Estão projetados dois viadutos que substituirão cruzamentos perigosos em nível:

  • Km 10, em Araucária, entre a Avenida das Nações e a Rua Luiz Armando Ohpis;

  • Km 33, em Campo Largo, conectando a Rua Teodoro Augustyn à Estrada de Balsa Nova.

Na PR-418, o Contorno Norte de Curitiba, haverá 16,76 quilômetros de duplicação. Um novo viaduto no km 12 facilitará o acesso entre o Jardim Dourados e o Jardim Giannini, em Almirante Tamandaré. Também está previsto um novo acesso à Avenida Francisco Gulin e melhorias no Contorno Sul da capital.

Impacto ambiental e social

A Via Araucária informou que todas as intervenções respeitam os critérios de licenciamento ambiental do Instituto Água e Terra (IAT) e o cronograma definido em contrato com a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). As desapropriações estão sendo feitas com base em padrões internacionais, respeitando o direito dos moradores e empresas afetadas.

“Estamos atentos a todas as exigências ambientais e sociais. Não haverá prejuízos para o meio ambiente nem para as famílias da região”, reforçou Veloso.

Comentários do governo estadual

O secretário estadual de Infraestrutura e Logística, Sandro Alex, comemorou o avanço do projeto, que faz parte da nova concessão desenhada pelo Paraná:

“Nosso objetivo era um modelo de concessão mais justo, transparente e que beneficiasse os usuários desde o início. O que vemos agora é a concretização de um projeto pensado com responsabilidade e foco em resultados para a população”, disse o secretário.

Já o governador Carlos Massa Ratinho Junior destacou o protagonismo do Estado no processo:

“Esse novo modelo foi construído com muito diálogo. As obras já no início dos contratos são uma grande conquista do povo paranaense. Vamos melhorar a logística, reduzir acidentes e fomentar o desenvolvimento dos municípios do interior”, afirmou.

População aprova obras

Moradores e motoristas que utilizam diariamente as rodovias já manifestam expectativa positiva:

“Esse trecho entre Araucária e Campo Largo é muito perigoso e vive travado. Com a duplicação e os viadutos, vai melhorar muito o trânsito”, disse o caminhoneiro José Carlos Fernandes, que trafega diariamente pela PR-423.

“A BR-277 precisa de atenção há anos. Vai ser um alívio para quem mora e trabalha em Palmeira e Irati”, comentou Luciana Peres, comerciante em Porto Amazonas.

Investimentos previstos

O contrato da Via Araucária com a ANTT tem duração de 30 anos e prevê:

  • R$ 7,9 bilhões em obras de melhoria e ampliação;

  • R$ 5,2 bilhões em operações e manutenção;

  • 473 quilômetros de rodovias sob concessão.

Rodovias sob administração da Via Araucária

  • BR-373

  • BR-376

  • BR-476

  • PR-418

  • PR-423

  • PR-427

  • BR-277

Marcello Sampaio
Jornalista – Coluna Infraestrutura e Desenvolvimento

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